Percepções dos familiares de pacientes internados sobre cuidados paliativos e terminalidade
DOI:
https://doi.org/10.53660/PRW-2243-4131Palavras-chave:
Cuidados Paliativos; Morte; Cuidadores; Saúde PúblicaResumo
A demanda por Cuidados Paliativos (CP) vem crescendo no mundo, entretanto ainda persistem resistências para sua aceitação por parte de profissionais, pacientes e familiares, muitas vezes por desconhecimento sobre os benefícios dessa prática e dificuldades para aceitar a morte, prevalecendo mesmo em situações dolorosas de prolongamento da vida. Assim, o estudo buscou avaliar as percepções e conhecimentos sobre morte e terminalidade entre familiares de pacientes internados. Trata-se de investigação exploratória, com abordagem qualitativa, realizada em Hospital Regional do interior do Maranhão. Teve amostra intencional de 18 familiares de pacientes internados, e objetivou avaliar suas percepções sobre a assistência paliativa e terminalidade. A coleta de dados usou entrevista semiestruturada com posterior análise temática em Braun & Clarke, emergindo três categorias temáticas: Todo mundo morre; Ninguém deseja morrer; Se for para morrer. A discussão teve por referencial teórico as representações sociais de Moscovicci. Os resultados mostraram que os familiares não ignoram a morte, mas diferem em suas representações sobre a terminalidade e autonomia do paciente, sendo que todos usam crenças religiosas para apoiar suas expectativas. Desconhecem ou compreendem equivocadamente os cuidados paliativos, mas são instintivamente favoráveis aos seus princípios. Conclui-se que as representações sociais podem ser influenciadas pelo diálogo entre pacientes, familiares e profissionais de saúde, revelando a importância de intervenções educativas na área de CP, pois a assistência prestada não aborda o tema e não favorece a participação de pacientes e familiares nas decisões e escolhas para o cuidado e a finitude, impactando na sua autonomia e bem-estar.
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