Tratamento conservativo da pitiose equina: relato de caso

Autores

  • Candice Mara Bertonha Instituto Federal de Minas Gerais
  • Laura Cecília Bernardo Lima Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – Campus Bambuí, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.53660/PRW-2235-4124

Palavras-chave:

Corticosteroide, Equídeos, Ferida, Iodeto de potássio, Kunkers

Resumo

A pitiose cutânea é uma afecção frequente em equinos, causada pelo oomiceto Pythium insidiosum, acometendo animais com lesões prévias e contato com ambientes alagados. Objetivou-se descrever o tratamento conservativo de pitiose em égua Mangalarga Marchador, mantida em área alagada e com histórico de emagrecimento progressivo. Ao exame físico observou-se lesão ulcerativa granulomatosa e extensa (25x20 cm), na região ventral do abdômen, com presença de kunkers, exsudação de líquido mucossanguinolento, intenso prurido e odor fétido. O diagnóstico de pitiose foi confirmado pelo exame histopatológico. Optou-se por três aplicações semanais de 20 mg de acetonida de triancinolona pela via intramuscular associado ao iodeto de potássio, pela via oral, na dose de 55 mg/kg, durante 45 dias, obtido em farmácia de manipulação veterinária, além de curativo diário da ferida com sabão neutro e repelente ao redor. Houve recuperação completa da ferida e melhora da condição clínica do animal após 50 dias do início do tratamento. Conclui-se que o acetonida de triancinolona e iodeto de potássio foram eficazes no tratamento da pitiose equina, sem a necessidade de ressecção cirúrgica.

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Publicado

2024-05-24

Como Citar

Bertonha, C. M., & Bernardo Lima, L. C. (2024). Tratamento conservativo da pitiose equina: relato de caso. Peer Review, 6(11), 166–176. https://doi.org/10.53660/PRW-2235-4124

Edição

Seção

Artigos