Percepções sobre envelhecimento de professores de educação física em academias do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.53660/777.prw2225Palavras-chave:
Percepção, Educação Física, Envelhecimento, TrabalhoResumo
O objetivo deste artigo foi investigar a percepção de professores e gestores sobre o envelhecimento de profissionais de Educação Física em academias e clubes. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, seguindo um roteiro de entrevista com professores e gestores. Constatou-se que a autopercepção do envelhecimento por parte do professor inclui diminuição na quantidade de aulas ministradas; maior maturidade; mudanças no corpo ocasionando cansaço físico e mental, e problemas de saúde. Na percepção dos gestores, os professores mais velhos possuem mais experiência profissional e sensibilidade no atendimento, mas necessitam de mais licenças médicas. Os professores mais novos possuem os atrativos da beleza e jovialidade, conhecimentos tecnológicos e aceitam remunerações mais baixas. Conclui-se necessário conscientizar a população em geral sobre as mudanças do processo de envelhecimento no trabalho.
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