Crédito de carbono e suas implicações para a área contábil das empresas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/715.prw1913

Palavras-chave:

Desenvolvimento sutentável, Protocolo de Kyoto, Contabilidade

Resumo

O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) é o único instrumento que permite a relação de países desenvolvidos e em desenvolvimento por meio da certificação (Redução Certificada de Emissões – RCEs) de projetos desenvolvidos por empresas, que viabilizem a redução de emissões de Carbono. O objetivo desta pesquisa foi verificar a prática contábil adotada pelas empresas para o registro das RCEs, considerando a não existência de uma sistematização pelo Conselho Federal de Contabilidade. A técnica utilizada foi pesquisa bibliográfica e concluiu-se que o registro contábil de todas as ações realizadas pelas empresas, com finalidades direcionadas ao desenvolvimento sustentável, devem ser descritas no plano de contas da empresa com a identificação ‘Ambiental’. Quando se tratar do desenvolvimento de projeto específico para MDL, todos os gastos realizados no processo devem ser registrados no ‘Ativo Intangível Ambiental’. Quando ocorrer a certificação do título RCEs, esse deve ser apresentado no ‘Ativo Financeiro’, conforme Decreto Federal n°11.075/22.

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Biografia do Autor

Everson José Juarez, Centro Universitário Augusto Motta, Brasil

Especialista em Controladoria e Gestão Financeira(2007), Administração Estratégica com Ênfase em RH e Finanças (1997) e Graduado em Ciências Contábeis (1994) e Administração de Empresas (1995) pelo Centro Universitário Antonio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente. Atualmente é professor e coordenador do Curso de Ciências Contábeis da Toledo Prudente e realiza o curso de mestrado em Desenvolvimento Local, no Centro Universitário Augusto Motta.

Hiroshi Wilson Yonemoto, Faculdades Integradas Antônio Eufrásio de Toledo

DOUTOR em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Inovações Tecnológicas, com o trabalho sobre Educação à Distância. MESTRE em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina, na área de Inovações Tecnológicas, com o trabalho sobre EMPREENDEDORISMO. GRADUADO em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Maringá CONSULTOR EMPRESARIAL nas áreas de Marketing, Planejamento Empresarial, Recursos Humanos e Produção. AVALIADOR do Prêmio Sucesso Empresarial AVALIADOR do Prêmio de Competitividade MPE BRASIL

Patrícia Bilotta, Centro Universitário Augusto Motta

Graduada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestre e doutora em Engenharia Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo (EESC-USP), especialista em Projetos Sustentáveis e de Mitigação das Mudanças Climáticas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em Geoprocessamento pela PUC-MG. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local da UNISUAM e pesquisadora membro do Núcleo de Estudos em Ecossocioeconomia dos Programas de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento e em Desenvolvimento Territorial Sustentável da UFPR. Linhas de pesquisa: 1) economia circular (água, energia, resíduos); 2) economia de baixo carbono (mitigação e gestão de emissões de GEE, estratégias de adaptação às mudanças do clima); 3) águas urbanas (soluções baseadas na natureza). 

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Publicado

2023-07-13

Como Citar

Juarez, E. J. ., Yonemoto, H. W., Bilotta, P. ., & Silva, C. A. F. da. (2023). Crédito de carbono e suas implicações para a área contábil das empresas. Peer Review, 5(15), 286–309. https://doi.org/10.53660/715.prw1913

Edição

Seção

Articles