Identificação de fontes de resistência do feijão comum ao fitopatógeno Sclerotinia sclerotiorum
DOI:
https://doi.org/10.53660/377.prw907Palavras-chave:
Mofo Branco, Phaseolus vulgaris, Resistência genética, melhoramento visando resistência à doençasResumo
O feijão comum é de grande importância na alimentação mundial, porém diversos fatores, como o mofo branco limitam a produção da cultura. Este trabalho teve como objetivo a identificação de fontes de resistência ao mofo branco entre diferentes linhagens feijão comum de origem andina e mesoamericana. Para isso, foram fenotipados 109 genótipos de feijão comum quanto a resistência ao mofo branco. O experimento foi realizado na Universidade do Estado de Mato Grosso - Campus Cáceres. Os 109 genótipos foram semeados em casa de vegetação e as inoculações foram conduzidas em laboratório, no delineamento em blocos casualizados (DBC) com 109 tratamentos e seis repetições. A inoculação foi realizada seguindo o teste de canuto em plântulas, com o isolado UFV-Ss493. Foram analisadas duas variáveis, nota ao sétimo dia e a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). As diferenças entre as médias dos genótipos para as características avaliadas foram significativas (p≤0,05). Os genótipos BGF 11, BGF 13 e BGF 165 se destacaram como resistente, pois apresentaram menores valores genotípicos.
Downloads
Referências
ABAWI, G. S.; PROVVIDENTI, R.; CROSIER, D. C.; HUNTER, J. E. Inheritance of resistance to white mold disease in Phaseolus coccineus. Journal of Heredity, 69:200–202. 1978
ABREU, Mariana Junqueira de. REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO E AGRESSIVIDADE DE ISOLADOS DO AGENTE CAUSAL DO MOFO-BRANCO. 2016. Disponível em: http://repositorio.ufla.br/jspui/bitstream/1/12561/2/TESE_Rea%C3%A7%C3%A3o%20de%20gen%C3%B3tipos%20de%20feij%C3%A3o%20e%20agressividade%20de%20isolados%20do%20agente%20causal%20do%20mofo-branco.pdf. Acesso em: 23 nov. 2021.
ANTONIO, R.; SANTOS, J.; SOUZA, T.; CARNEIRO, F. Genetic control of the resistance of common beans to white mold using the reaction to oxalic acid. Genetics and Molecular Research, v. 7, No. 3, p. 733-740, 2008.
ARKWAZEE, H.; DAVIS, J.; MYERS, J. R. Comparison of the conventional and seedling straw tests for quantifying white mold resistance. Annual Reports of the Bean Improvement Cooperative, 60, 41-42. 2017.
ARKWAZEE, H.A.; WALLACE, L.T.; HART, J.P.; GRIFFITHS, P.D.; MYERS, J.R. Genome-Wide Association Study (GWAS) of White Mold Resistance in Snap Bean. Genes 2022, 13, 2297. https://doi.org/10.3390/genes13122297.
BROUGHTON, W. J., HERNÁNDEZ, G., & BLAIR, M. W. (2003). Beans (Phaseolus spp.) - Model food legumes. Plant and Soil, 252(1), 55-128.
CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Disponível em: <http://www.conab.gov.br/>. Acesso em: 11 nov. 2017.
CARVALHO, L. P. D.; FARIAS, F. J. C.; MORELLO, C. D. L.; TEODORO, P. E. Uso da metodologia REML/BLUP para seleção de genótipos de algodoeiro com maior adaptabilidade e estabilidade produtiva. Bragantia, 75: 314-321. 2016.
CORRÊA, A. M.; PEREIRA, M. I. S.; ABREU, H. K. A.; SHARON, T.; MELO, C. L. P.; ITO, M. A.; TEODORO, P. E.; BHERING, L. L. Selection of common bean genotypes for the Cerrado/Pantanal ecotone via mixed models and multivariate analysis. Genetics and Molecular Research 15, 2016.
DICKSON, M.; HUNTER, J.; BETTER, M.; CIGNA, J. Selection for resistance in Phaseolus vulgaris L. to white mold disease caused by Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary. Journal of the American Society for Horticultural Science, 107:231-234, 1982.
SANTOS, J.M. C. Caracterização de linhagens elite de feijoeiro-comum quanto à reação ao mofo-branco em ambiente protegido. 2016.
ENDER M, KELLY JD. Identification of QTL associated with white mold resistance in common bean. Crop Science, 45:6:2482-2489, 2005.
FALCONER, D.S. AND MACKAY, T.F.C. (1996). Introduction to Quantitative Genetics, 4th ed. Longman Group UK Limited.
FAO (2020). FAOSTAT - Production - Crops. Obtido em 27 de março de 2023, de http://www.fao.org/faostat/en/#data/QC
GENCHEV, D.; KIRYAKOV, I. Inheritance of resistance to white mold disease (Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) de Bary) in A195 (Phaseolus vulgaris L.). Bulg. Journal of Agricultural Science. 8, 181—187. 2002.
GERALDINE, A. M.; LOBO JUNIOR, M. Metodologia de inoculação de Sclerotinia sclerotiorum em feijão comum com flores e ascósporos. In Embrapa Arroz e Feijão-Resumo em anais de congresso (ALICE). In: SEMINÁRIO JOVENS TALENTOS, 6., 2012, Santo Antônio de Goiás. Resumos apresentados. Santo Antônio de Goiás: Embrapa Arroz e Feijão, 2012.
GILMORE B; MYERS J.R.; KEAN D. Completion of testing of Phaseolus coccineus plant introductions (PIs) for white mold, Sclerotinia sclerotiorum, resistence. Annual Reports Bean Improvement Cooperative, 45:64-65, 2002.
GOMES, Andréa Bs. Ganho genético via REML / BLUP e índices de seleção em feijão-vagem. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hb/a/X9x6SwNBVpRT3VnPvTckLZt/?lang=en#. Acesso em: 17 nov. 2021.
GOMES, E.V.; DO NASCIMENTO, L.B.; FREITAS, M.A.; NASSER, L.C.B.; PETROFEZA, S. Microsatellite markers reveal genetic variation within Sclerotinia sclerotiorum populations in irrigated dry bean crops in Brazil. Journal of Phytopathology, v. 159, n. 2, p. 94-99, 2011.
GONÇALVES, F.G.; SANTOS, J.R. 2008. Composiçăo florística e estrutura de uma unidade de manejo florestal sustentável na Floresta Nacional do Tapajós, Pará. Acta Amazonica, 38: 229-244.
HALL, R.; PHILLIPS, L. G. Resistance of white bean to White mold: field evaluation of straw test. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative. 40:138–139. 1997.
LEHNER, M. S.; PAULA JÚNIOR, T. J.; HORA JÚNIOR, B. T.; TEIXEIRA, H.; VIEIRA, R. F.; CARNEIRO, J. E. S.; MIZUBUTI, E. S. G. Low genetic variability in Sclerotinia sclerotiorum populations from common bean fields in Minas Gerais State, Brazil, at regional, local and micro‐scales. Plant Pathology, v. 64, n. 4, p. 921-931, 2015.
LIMA, IGOR ALMEIDA. Mapeamento associativo para reação do feijoeiro ao mofo branco. 2014. Disponível em: http://repositorio.ufla.br. Acesso em: 08 out. 2022.
MAZIERO, S. M., Louzada, R. S., Dornelas, M. C., Ribeiro, N. D., Gonçalves-Vidigal, M. C., & Vidigal Filho, P. S. (2020). Heritability and selection of common bean populations for resistance to white mold. Pesquisa Agropecuária Brasileira, 55, e01235.
MIKLAS P.N.; GRAFTON K.F.; HAUF D.; KELLY J.D. Registration of partial White mold resistant pinto bean germplasm line USPT-WM-1. Crop Science, 46:23-39, 2006.
MIKLAS PN, LARSEN KM, TERPSTRA KA, HAUF DC, GRAFTON KF, KELLY JD. QTL analysis of ICA Bunsi-derived resistance to white mold in a pinto x navy bean cross. Crop Science, 47:174-179, 2007
MIKLAS, P. N., PASTOR-CORRALES, M. A., & COYNE, D. P. (2006). Origins of common bean: the final frontier. Genome, 49(6), 413-418
MIKLAS, P. N.; GRAFTON K.F.; KELLY J. D.; STEADMAN J.R.; SILBERNAGEL M.J. Registration of four white mold resistant dry bean germplasm lines: I9365-3, I9365-5, I9365-31, and 92BG-7. Crop Sci. 38:1728, 1998.
MIKLAS, P. N.; PORTER, L. D.; KELLY, J. D.; MYERS, J. R. Characterization of white mold disease avoidance in common bean. European Journal of Plant Pathology. 135:525–543, 2013.
MIKLAS, P.N., JOHNSON, W.C., DELORME, R., GEPTS, P., OSORNO, J.M., AND SINGH, S.P. (2001). QTL conditioning physiological resistance and avoidance to white mold in dry bean. Crop Science, 41(1), 309-315
OTTO-HANSON, L., J.R. STEADMAN, R. HIGGINS, AND K.M. ESKRIDGE. 2011. Variation in Sclerotinia sclerotiorum bean isolates from multisite resistance screening locations. Plant Dis. 95:1370– 1377. doi:10.1094/PDIS-11-10-0865
PARK, S.O.; COYNE, D.P.; STEADMAN, J. R.; SKROCH, P.W. Mapping of QTL for resistance to white mold disease in common bean. Crop Science 41:1253–1262.
PAULA JÚNIOR TJ, VIEIRA RF, LOBO JÚNIOR M, MORANDI MAB, CARNEIRO JES, ZAMBOLIM L (2006) Manejo integrado do mofo-branco do Feijoeiro. Viçosa MG. EPAMIG. 15 p. 48
PAULA JÚNIOR, T. J. et al. Mofo-branco. In: PAULA JÚNIOR; T. J. de; WENDLAND, A. (Org.). Melhoramento genético do feijoeiro-comum e prevenção de doenças. Belo Horizonte: EPAMIG, 2012. v. 1, p. 83-110.
PENNYPACKER, B. W.; RISIUS, M. L. Environmental sensitivity of soybean cultivar response to Sclerotinia sclerotiorum. Phytopathology, Saint Paul, v. 89, n. 8, p. 618-622, 1999.
PETZOLDT, R.; DICKSON, M. H. Straw test for resistance to write mold in beans. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative, East Lansing, v. 39, p. 142-143, 1996.
RAVA, C. A., PEGORARO, C., PACHECO, M. T. B., DE SOUZA, T. L. P. O., DE SOUZA, C. L. JR, & MOREIRA, M. A. (2015). Heritability of resistance to white mold in common bean. Crop Breeding and Applied Biotechnology, 15(2), 101-107.
RESENDE, M. D. V. (2002). Genética biométrica e estatística no melhoramento de plantas perenes. Embrapa Informação Tecnológica
RESENDE, M. D. V.; DUARTE, J. B. Precisão e controle de qualidade em experimentos de avaliação de cultivares. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, 37: 182-194, set. 2007.
RESENDE M.L.V. Biochemical responses associated with common bean defence against Sclerotinia sclerotiorum. European Journal of Plant Pathology 138:391-404, 2014.
SILVA, P. H. et al. Reaction of common bean lines and aggressiveness of Sclerotinia sclerotiorum isolates. Genetics and Molecular Research, Ribeirão Preto, v. 13, n. 4, p. 9138-9151, 2014.
SILVA, GIVANILDO RODRIGUES. Seleção de genitores e mapeamento associativo da resistência fisiológica ao mofo branco e da tolerância ao estresse hídrico em feijão comum. 2021. 134 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Agronomia, Unemat, Cáceres, 2021.
SINGH, S. P. ..; SCHWARTZ, H. F..; STEADMAN, J. R. A new scale for white mold disease rating for the common bean cut-stem method of inoculation in the greenhouse. Annual Report of the Bean Improvement Cooperative, v. 57, p. 231–232, 2014.
SIQUEIRA, T. A.; GILIO, T. A. S.; SILVA, H. A. D.; DUARTE, W. M.; RODRIGUES, L. G. . (2021). Avaliação de resistência fisiológica do feijão comum ao mofo branco. Revista multidisciplinar de educação e meio ambiente, 2(3), 38. https://doi.org/10.51189/rema/2009.
SOULE M, PORTER L, MEDINA J, SANTANA GP, BLAIR MW, MIKLAS PN. Comparative QTL map for white mold resistance in common bean, and characterization of partial resistance in dry bean lines VA19 and I9365-3. Crop Science 51:123–139, 2011.
SOUZA, E. D. T.; COSTA, J. L. S. Métodos de inoculação de plântulas de feijoeiro para avaliação de germoplasma quanto a resistência a Sclerotinia sclerotiorum (Lib.) De Bary. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, 33: 57-63. 2003
TERAN, H.; SIGNH, S. P. Response of dry bean genotypes with different levels of resistence to Sclerotinia sclerotiorum to three innoculation methods. Annual report of Bean Improvement Cooperative, Fort Collins, 51:218-219, 2008.
TIVOLI, B., BARANGER, A., AVILA, C.M. et al. Screening techniques and sources of resistance to foliar diseases caused by major necrotrophic fungi in grain legumes. Euphytica 147, 223–253 (2006). https://doi.org/10.1007/s10681-006-3131-4
VASCONCELLOS, R. C.; ORAGUZIE, O. B.; SOLER, A.; ARKWAZEE, H.; MYERS, J. R.; FERREIRA, J. J.; SONG, Q.; MCCLEAN, P.; MIKLAS, P. N. Meta-QTL for resistance to white mold in common bean. PLoS One, 12: 2017.
VITERI DM, SINGH SP. Inheritance of White Mold Resistance in an Andean Common Bean A 195 and its Relationship with Andean G 122. Crop Science. 2014; 55(1):44-49].
