Uma análise gráfica dos modelos de geração de viagens para hospitais brasileiros

Resumo

Nas cidades brasileiras frequentemente observam-se a falta de uma abordagem intersetorial e integrada entre o uso do solo e os transportes. Nesse processo, destacam-se os empreendimentos de grande porte, denominados Polos Geradores de Viagens (PGVs), caracterizados por produzirem potenciais impactos nos sistemas de transportes. Os estudos destes impactos e a confiabilidade de suas previsões baseiam-se nos modelos de geração de viagens, que são sensíveis às especificidades locais. Entretanto, são poucos os modelos disponíveis no Brasil, sendo, na prática, tipicamente utilizados os do Trip Generation (TG) do Institute of Transportation Engineers (ITE) dos EUA. Dentre os diversos tipos de PGVs, os hospitais foram selecionados já que o acesso a eles é primordial na saúde e qualidade de vida da população. Nesse sentido, são analisadas comparativamente, através de gráficos, as estimativas de cinco modelos de geração de viagens, três elaborados para hospitais brasileiros e dois pelo ITE, referentes as versões 2012 e 2017. A partir dos resultados, verificou-se uma tendência dos valores do ITE serem superestimados em relação aos dos modelos brasileiros, o que confirma a necessidade de se investir em pesquisas no Brasil sobre este tema.