Relações de gênero nas engenharias: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.53660/PRW-2687-4832Palavras-chave:
Engenheiras; Preconceito; Disparidade.Resumo
Relações de desigualdade de gênero representam violências naturalizadas que devem ser combatidas. Esta revisão sistemática investiga as relações de gênero na formação e atuação profissional de mulheres em cursos de engenharia. O estudo objetiva compreender os desafios e barreiras enfrentados por mulheres nesse campo. Foram consultadas as bases de dados Periódicos CAPES, Scielo e LILACS, abrangendo publicações entre 2014 e 2024. Um total de 263 artigos foram identificados: 240 na Periódicos CAPES, 9 na Scielo e 14 na LILACS. Após a triagem, 16 artigos foram incluídos na revisão final. Os principais achados destacam formas de discriminação, preconceito. Os resultados indicam uma persistente desigualdade de gênero nas engenharias, refletida em discriminação e barreiras profissionais. Existe uma necessidade urgente de políticas e práticas que promovam a equidade de gênero. As limitações incluem a escassez de estudos específicos e a variabilidade metodológica dos artigos analisados. A revisão conclui que a desigualdade de gênero na engenharia é um problema significativo que necessita de atenção contínua.
Downloads
Referências
AMIRTHAM, N. S.; K, A. Gender parity in STEM higher education in India: a trend analysis. International Journal of Science Education, v. 43, n. 12, p. 1950-1964, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1080/09500693.2021.1904484. Acesso em: 30 jun. 2024.
BARBOSA, R. C.; CARVALHO, M. E. P.; FERNANDES, M. O. M. Gênero e Tecnologias da Informação: um olhar sobre a Educação Superior na Paraíba e as possibilidades de promoção da equidade de gênero através da Educação. Mujeres y educación superior. João Pessoa: Editora da UFPB, 2013.
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CARDOSO, B. L. A.; GUERRA, L. L. L.; SOUSA, J. M. Efeitos de uma disciplina de relações interpessoais no repertório social de estudantes de exatas. Psico (Porto Alegre), Porto Alegre, v. 51, n. 3, p. 34055, 2020.
CAMARGO, B. V.; JUSTO, A. M. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 21, n. 2, p. 513-518, 2013.
CARVALHO, M. E. P.; FREITAS, M. J. T. Alunas egressas de engenharia mecânica: uma abordagem exploratória. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 52, e09076, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053145090. Acesso em: 30 jun. 2024.
CASAGRANDE, L. S.; SOUZA, A. M. F. L. Para além do gênero: mulheres e homens em engenharias e licenciaturas. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 24, n. 3, p. 398, set./dez. 2016. INEP. CENSUP 2022. Disponível em: < https ://a.poder.com//ver ?r =eyJrIjoiMGJiMmNiNTAtOTY1OC00ZjUzLTg2OGUtMjAzYzNiYTA5YjliIiwidCI6IjI2ZjczODk3LWM4YWMtNGIxZS05NzhmLWVhNGMwNzc0MzRiZiJ9 &nome da página=Representante.
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Qualis Unificado. Disponível em: https://www.ufpe.br/documents/2999946/3681245/QUALIS+UNIFICADO.pdf
DANIELS, H. A.; GRINESK, S. E.; COLLINS, T. W.; FREDERICK, A. H. Navigating Social Relationships with Mentors and Peers: Comfort and Belonging among Men and Women in STEM Summer Research Programs. CBE Life Sciences Education, v. 18, n. 2, p. ar17, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1187/cbe.18-09-0181. Acesso em: 30 jun. 2024.
GARCIA, D. C. F.; GATTAZ, C. C.; GATTAZ, N. C. A Relevância do Título, do Resumo e de Palavras-chave para a Escrita de Artigos Científicos. Revista de Administração Contemporânea, v. 23, p. 1-9, 2019.
GHIASI, G.; LARIVIÈRE, V. SUGIMOTO, C. R. On the Compliance of Women Engineers with a Gendered Scientific System. PloS One, v. 10, n. 12, p. 1-19, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0145931. Acesso em: 30 jun. 2024.
GUERRINI, D.; ALENCAR, A.; YURI, N.; SANTOS, L. P. Formando engenheiros em um laboratório de usinagem: conhecimento, gênero e gambiarra. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v. 50, n. 176, p. 396-409, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053147066. Acesso em: 30 jun. 2024.
HIGGINS, J. P. T.; GREEN, S. Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions. 2011.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Cidades: Brasil. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/53/49645?ano=2024. Acesso em: 28 de maio 20024.
KIM, L.; SMITH, D. S.; HOFSTRA, B.; MCFARLAND, D. A. Gendered knowledge in fields and academic careers. Política de Pesquisa, v. 51, n. 1, p. 104411, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.respol.2021.104411. Acesso em: 30 jun. 2024.
KITCHENHAM, B.; PEARL B. O.; BUDGEN, D., TUNER, M.; BAILEY, J.; LINKMAN, S. Systematic literature reviews in software engineering – A systematic literature review. Information and Software Technology, v 51, n. 1, p.7-15, 2009. doi:10.1016/j.infsof.2008.09.009
LEE, M. J.; COLLINS, J. D.; HARWOOD, S. A.; MENDENHALL, R.; HUNTT, M. B. "If you aren’t White, Asian or Indian, you aren’t an engineer”: racial microaggressions in STEM education. International Journal of STEM Education, v. 7, n. 1, p. 1-16, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1186/s40594-020-00232-7. Acesso em: 30 jun. 2024.
LOMBARDI, M. R. Engenheiras na construção civil: a feminização possível e a discriminação de gênero. Cadernos de Pesquisa, v. 47, n. 163, p. 122-146, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/vtJrrGXSJLcjjh75CBw56fy/abstract/?lang=pt
LOMBARDI, M. R. Engenheiras brasileiras: inserção e limites de gênero no campo profissional. Cadernos de Pesquisa, v. 36, n. 127, p. 173-202, 2006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/YC58w98m3kPZnzFCGDhxzWj/?format=pdf&lang=pt
MORAES, A. Z.; CRUZ, T. M. Estudantes de engenharia: entre o empoderamento e o binarismo de gênero. Cadernos de Pesquisa, v. 48, n. 168, p. 572-598, 2018.
NUNES, C.; SILVA, E. A educação sexual da criança: polêmicas do nosso tempo. Campinas, SP: Autores associados, 2000.
ROSEMBERG, F. Formação do profissional de educação infantil através de cursos supletivos. Por uma política de formação do profissional de educação infantil. Brasília: MEC/SEF/DPE/COEDI, 1994. p. 19-27.
SÁ, C.; COWLEY, S.; SHAHRIN, B.; STEVERSON, C.; SU, A. Disciplinary gender balance, research productivity, and recognition of men and women in academia. PloS One, v. 18, n. 12, p. e0293080, 2023. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0293080. Acesso em: 30 jun. 2024.
SEVERINO, A. J. Educação, ideologia e contra-ideologia. São Paulo: EPU, 1986.
SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & realidade, v. 15, n. 2, p. 5-22, 1990. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721
SURVEYGIZMO. Using Word Clouds To Present Your Qualitative. Data. Sandy McKee. Disponível em: https://www.surveygizmo.com/survey-blog/what-you-need-to-know-when-usingword-clouds-to-present-your-qualitative-data. Acesso em: 10 de maio de 2024.
THOMAS, N. R.; POOLE, D. J.; HERBERS, J. M. Gender in Science and Engineering Faculties: Demographic Inertia Revisited. PloS One, v. 10, n. 10, p. 1-9, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0139767. Acesso em: 30 jun. 2024.
VIEIRA, A. M.; REIS, P. R.; CARRIERI, A. P. Um estudo das relações entre gênero e âncoras de carreira. Cadernos EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 17, n. 3. jul./set. 2019. ISSN 1679-3951.
