Avaliação da espessura do diafragma em crianças com encefalopatia crônica não-progressiva da infância: uma série de casos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/PRW-2471-4507

Resumo

Introdução: Crianças com encefalopatia crônica não-progressiva da infância (ECPN) frequentemente desenvolvem complicações respiratórias, sendo a disfunção muscular diafragmática uma das principais causas. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a espessura do diafragma em crianças com ECPN. Metodologia: Trata-se de uma série de casos envolvendo crianças com ECPN. O nível de funcionalidade de cada criança foi classificado de acordo com o Sistema de Classificação Funcional do Movimento (GMFCS). A espessura do diagrama foi avaliada por ultrassonografia. Relato dos casos: Foram avaliadas 10 crianças com ECPN. A média geral da espessura na fase inspiratória foi de 1,21 mm nas crianças com ECPN, com a menor média de 0,83 mm e a maior de 1,50 mm. Na fase expiratória, a média geral foi de 0,62 mm, com a menor média de 0,43 mm e a maior de 0,83 mm. A média geral da espessura diafragmática foi de 2,00 mm, com a maior média de 2,69 mm e a menor de 1,48 mm. Conclusão: Crianças com ECPN mostraram uma redução nos valores da espessura diafragmática em comparação com crianças saudáveis da mesma faixa etária, de acordo com a literatura. Além disso, crianças mais velhas e com um nível funcional mais alto na GMFCS apresentaram uma média menor de espessura diafragmática.

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Biografia do Autor

Maracy Sobreira, Universidade de Pernambuco

Nutricionista, Pós-graduada em Nutrição Clínica: Ambulatorial e Hospitalar pela CEFAPP. Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, da UPE. Formação em Modulação Intestinal- MP.

Thálita Crispim , Universidade de Pernambuco

Fisioterapeuta, Mestre em Reabilitação e Desempenho Funcional (PPGRDF) da Universidade de Pernambuco, colaboradora do grupo de extensão e pesquisa em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica (Baby GrUPE) da Universidade de Pernambuco.

Amanda Simões, Universidade de Pernambuco

Gaduanda em Fisioterapia pela Universidade de Pernambuco (UPE). Foi monitora das disciplinas Anatomia Humana Sistêmica e Anatomia do Aparelho Locomotor no Laboratório de Anatomia e Patologia (LABAP). Foi membro da diretoria financeira do Centro Acadêmico de Fisioterapia e da Liga Acadêmica Multiprofissional de Neurociência (LIAMN). Atualmente é membro ligante da Liga Acadêmica de Fisioterapia em Saúde da Mulher (LIFISM-UPE), e integrante do grupo de extensão e Pesquisa em Neonatologia e Pediatria (BabyGrUPE) na Universidade de Pernambuco.

Alessandra Ferreira, Universidade de Pernambuco

Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Pernambuco (UPE). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Neonatologia e Pediatria na UPE campus Petrolina

Fabianne Dantas, Universidade de Pernambuco

Professora Adjunta do Colegiado de Fisioterapia da Universidade de Pernambuco (UPE) - Campus Petrolina (2019). Fisioterapeuta graduada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2002; Especialista em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva pela Faculdade Redentor RJ / INTERFISIO / Pulmocardio (2004-2005); Especialista em Fisioterapia Respiratória e em Fisioterapia em Terapia Intensiva pela Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR) (2009); Mestre em Ciências da Saúde pela UFPE (2008-2010); Doutora em Saúde da Criança e do Adolescente pela UFPE (2013-2017). Membro efetivo da Associação Brasileira de Fisioterapia Respiratória e Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR). Coordenadora da Residência em Fisioterapia Hospitalar com Ênfase em Cardiorrespiratória. Atua como Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Fisioterapia Cardiorrespiratória (GEFIC) e colaboradora do Grupo de Pesquisa em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica (Baby GrUPE). 

Victor Neves, Universidade de Pernambuco

Professor Associado e Livre Docente da Universidade de Pernambuco Campus Petrolina do Curso de Fisioterapia, Coordenador da Pós Graduação na Modalidade Residência Uniprofissional em Fisioterapia em Terapia Intensiva e Professor Permanente do Programa de Pós Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional - Mestrado e Doutorado . Tem experiência na área de Fisioterapia Cardiovascular, atuando principalmente nos seguintes temas: fisioterapia cardiovascular, controle autômico cardíaco, infarto agudo do miocárdio, fisioterapia e reabilitação cardíaca.

Helga Souza, Hospital das Clínicas de Pernambuco

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE (2007), Residência em Fisioterapia Intensiva pela Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco/SES-PE (2010), Mestrado em Fisioterapia pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE (2013). Doutorado em Biologia Aplicada à Saúde pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, vinculada ao Laboratório de Imunologia Keiso Asami (LIKA). Atuação como professora efetiva no curso de Bacharelado em Fisioterapia na Faculdade Metropolitana e fisioterapeuta efetiva no Hospital das Clínicas de Pernambuco (HC-UFPE) atuando na área de gerontologia. Integrante do grupo de pesquisa em Fisiologia e Fisioterapia Respiratória da UFPE, vinculado ao CNPq e do grupo de pesquisa Avaliação e Intervenção Fisioterapêutica em Doença Renal Crônica da Universidade Federal de Pernambuco, também vinculado ao CNPq. Tem experiência na área de Fisioterapia em Gerontologia e Fisioterapia Respiratória, com ênfase em Fisioterapia Intensiva e Cardiorrespiratória, atuando principalmente nos seguintes temas: músculos respiratórios, ultrassonografia, gerontologia, saúde do idoso, imunosenescência, mobilização precoce do doente crítico, reabilitação cardiopulmonar e cinemática tóraco-abdominal.

Paulo Magalhães, Universidade de Pernambuco

Graduado em Fisioterapia, Pós-graduado em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva, Mestre em Biociências, Doutor em Saúde Materno Infantil (Sanduíche finalizado na KU Leuven, Bélgica) e Pós-doutorado em Fisioterapia. Possui formação em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Título de Especialista em Fisioterapia em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica pela ASSOBRAFIR. Atualmente é Professor Adjunto e vice-coordenador do Curso de Fisioterapia da Universidade de Pernambuco (UPE); Docente Permanente do Programa de Pós-graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional (PPGRDF) e líder do grupo de pesquisa e extensão em Fisioterapia Neonatal e Pediátrica (Baby GrUPE). Tem experiência em Fisioterapia Intensiva/Hospitalar, com ênfase em Neonatologia e Pediatria. Atua principalmente nos seguintes temas: Fisiologia Humana, Fisioterapia Cardiorrespiratória, Músculos Respiratórios, Biomecânica toracoabdominal e Desmame Ventilatório.

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Publicado

2024-08-28

Como Citar

Sobreira, M., Crispim , T. ., Simões, A. ., Ferreira, A. ., Dantas, F. ., Neves, V. ., Souza, H. ., & Magalhães, P. (2024). Avaliação da espessura do diafragma em crianças com encefalopatia crônica não-progressiva da infância: uma série de casos. Peer Review, 6(15), 334–345. https://doi.org/10.53660/PRW-2471-4507

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