Economia criativa: o mercado de biojoias e o uso de novos materiais na joalheria contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.53660/PRW-2263-4218

Palavras-chave:

Biojoias, Joalheria, Economia Criativa, Sustentabilidade

Resumo

O presente artigo objetivou realizar um estudo sobre o mercado de biojoias e a utilização de novos materiais na joalheria contemporânea sob a ótica da economia criativa. Tratou-se de uma pesquisa aplicada, qualitativa e descritiva, que no seu desenvolvimento elegeu- se como fontes de informação dados secundários, com base bibliográfica e documental. Como conclusões nota-se que a economia criativa, quando associada à sustentabilidade, tem um potencial transformador nas localidades onde é desenvolvida (rural ou urbana). Este potencial decorre do fato da capilaridade com outros setores direta ou indiretamente relacionados com a atividade desenvolvida, como é o caso das biojoias, que se relaciona, por exemplo, com o agronegócio, com a moda e o design. No entanto, atenta-se para o fato que há desafios a serem transpostos, tais como a criação de políticas públicas específicas para esse modelo de economia e orientação sobre as formas de proteção intelectual.

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Biografia do Autor

Uonis Raasch Pagel, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

Graduado nos cursos de Tecnologia em Petróleo e Gás (2012) pela Faculdade de Tecnologia FAESA (CET-FAESA), de Bacharelado em Gemologia (2015) pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), e de Licenciatura em Geografia (2020) pelo Centro Universitário Claretiano. Especialista em Ensino da Geografia (2021) pela Faculdade Venda Nova do Imigrante (FAVENI). Mestre em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável (2017), na área de concentração Gestão Sustentável e Energia, pela UFES. Foi professor substituto na UFES, lotado no departamento de Gemologia. Atualmente é doutorando em Propriedade Intelectual e Inovação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Jaqueline Carolino, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, (1999), mestrado em Economia pela UFES (2005) e doutorado em Propriedade Intelectual e Inovação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) (2020). Atualmente é professora pesquisadora da UFES e está lotada no Departamento de Gemologia.

Sergio Medeiros Paulino de Carvalho, Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

Possui graduação em Economia pela Universidade Federal Fluminense (1979), mestrado (1995) e doutorado (2003) em Política Científica e Tecnológica pelo Instituo de Geociências Universidade Estadual de Campinas-UNICAMP. É Especialista Sênior em Propriedade Intelectual do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde julho de 2015, Autarquia na qual ocupou os cargos Coordenador Geral de Articulação Institucional e Difusão Regional entre outubro de 2005 e outubro de 2008, de Diretor de Cooperação para o Desenvolvimento entre outubro de 2008 e maio de 2011, e de Assessor de Assuntos Econômicos entre maio de 2011 e julho de 2015. É professor permanente do Programa de Pós-graduação do Mestrado e do Doutorado Profissional em Propriedade Intelectual Inovação e Desenvolvimento da Academia da Propriedade Intelectual do INPI desde julho de 2015, onde entrou por meio de concurso público. Atua como responsável pelas Disciplinas Inovação e Desenvolvimento Mestrado, Inovação e Desenvolvimento Doutorado, Propriedade Intelectual no Agronegócio e Análise Sócio Econômica de dados Primários de Propriedade Intelectual do Programa de Pós-graduação de Mestrado e do Doutorado Profissionais em Propriedade Intelectual e Inovação da Academia da Propriedade Intelectual do INPI.

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Publicado

2024-07-01

Como Citar

Pagel, U. R. ., Carolino, J., & Carvalho, S. M. P. de . (2024). Economia criativa: o mercado de biojoias e o uso de novos materiais na joalheria contemporânea. Peer Review, 6(12), 117–131. https://doi.org/10.53660/PRW-2263-4218

Edição

Seção

Articles