Burnout e perfil de saúde mental da gestão socioeducativa do Distrito Federal: dados estatísticos
DOI:
https://doi.org/10.53660/prw.182.23c06Palavras-chave:
Burnout, Saúde, Gestão, Sistema SocioeducativoResumo
Este artigo objetivou identificar o perfil gestor do atendimento socioeducativo no Distrito Federal, verificar e descrever os graus de burnout, além da ocorrência da síndrome na equipe gestora. A relevância deste estudo justifica-se pela escassez de dados acerca da saúde mental de gestores da socioeducação brasileira. Como método, focou-se no Maslach Burnout Inventory-Human Services Survey (MBI-HSS) e realizou-se teste de hipóteses não paramétrico, correlações, análise fatorial e regressão múltipla. Evidenciou-se que 29% dos gestores desenvolveram a síndrome de burnout e 70% apresentaram um alto nível de esgotamento emocional. Sobre as atividades e o contexto de trabalho, 54% dos gestores perceberam que há burocratização de regras e 87% que existiram riscos relacionados ao ambiente físico. Os resultados sugeriram a urgência de uma política pública de prevenção e atenção à saúde mental, considerando os fatores que conduzem ao esgotamento emocional e à insatisfação profissional de gestores da socioeducação no Distrito Federal.
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