Aspectos clínicos e epidemiológicos de cães atendidos no HVU com crises epilépticas durante o período de janeiro de 2007 a 2017
DOI:
https://doi.org/10.53660/1250.prw2734Palavras-chave:
Epilepsia, Convulsão, Cão, NeurologiaResumo
Na clínica de pequenos animais as crises epilépticas representam a causa mais frequente de busca por atendimento neurológico, podendo estas manifestações clíncias estarem associadas a diversas etiologias. Desta forma, o presente estudo objetiva caracterizar os aspectos clínicos e epidemiológicos dos casos de cães com crises epilépticas atendidos no HVU no período de janeiro de 2007 a 2017. Trata-se de um estudo retrospectivo realizado por meio do levantamento de prontuários médicos. Foram avaliados raça, sexo, idade à primeira crise, tipo de crise, análise de líquido cefalorraquidiano (LCR) e suspeita diagnóstica/diagnóstico definitivo. Verificou-se uma incidência de 4,4% de animais com crises, com predominância de cães sem raça definida, poodles e pinschers. A maioria dos animais tinham entre 1 a 5 anos e apresentava crises generalizadas. As epilepsias classificadas como idiopáticas foram mais observadas. Uma vez que o tratamento pode ser sintomático ou específico para a causa das crises, o conhecimento do perfil dos animais epilépticos e das etiologias mais prevalentes é uma poderosa ferramenta para direcionar suspeitas clínicas, servindo de ferramenta de auxílio diagnóstico e tratamento.
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