Do bullying a uma prática pedagógica convivial e transformadora: o caráter formativo da paixão e da amizade na sala de aula
DOI:
https://doi.org/10.53660/1218.prw2717Palavras-chave:
Paixões, Amizade, Sala de Aula, Bullying, Prática PedagógicaResumo
Este artigo constitui reflexões oriundas de um conjunto de atividades realizadas em uma escola a respeito das paixões e da amizade em sala de aula no intuito de repensarmos a prática pedagógica e, assim apontar possíveis soluções que transformem o ambiente escolar, muitas vezes apresentado como hostil, conflituoso e desinteressante. Os dados foram obtidos mediante observações e intervenções em sala de aula, com alunos do ensino fundamental II, de uma escola pública. Consideramos a necessidade da discussão da influência da amizade no processo de aprendizagem, bem como no papel da razão e das paixões, pois podem contribuir, inclusive, para o enfrentamento da violência, do bullying e o desrespeito com o outro. Nossa conclusão foi de que a amizade entre alunos e professores, por exemplo, pode ser de suma importância para a educação, uma vez que ela romperia com a estrutura rígida e fria da escola e a tornaria um espaço livre, mais humano e mais convivial.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987. (Os Pensadores).
AS VANTAGENS de ser invisível. Direção Stephen Chbosky. Estados Unidos. 2012; 1h43min.
AWEBIC. Cyberbullying: violência virtual machuca. 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mWQoikd72A4
CARVALHO, A. B. O papel das paixões na formação da moralidade. In: PAGNI, P. A.; BUENO, S. F.; GELAMO, R. P. Biopolítica, arte de viver e educação. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012a.
CARVALHO, A. B. Razão e paixão: necessidade e contingência na construção da vida ética. Conjectura: Filosofia e Educação (UCS), v. 17, p. 199-217, 2012b.
CUNHA, Marcus Vinicius. O conhecimento e a formação humana no pensamento de Aristóteles. In: Introdução à Filosofia da Educação: Temas contemporâneos e História. Pedro Pagni e Divino José da Silva (Org.). São Paulo: Avercamp, 2007. p. 60-84.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREIRE, P. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
HELVÉTIUS. De l’esprit. Paris: Fayard, 1988.
ILLICH, I. Sociedade sem escolas. Petrópolis: Vozes, 1973.
LEBRUN, Gérard. O conceito de paixão. In: NOVAES, Adauto (Org.). Os sentidos da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 1987.
MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Em defesa da escola: uma questão pública. Tradução de Cristina Antunes. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
MEYER, Michel. Aristóteles ou a retórica das paixões. In: ARISTÓTELES. Retórica das paixões. São Paulo: M. Fontes, 2000.
MOTTA PESSANHA, J. A. As delícias do jardim. In: NOVAES, A. (org.). Ética. São Paulo: Cia. Das Letras, 1997. 5ª reimpressão.
NÃO quero voltar sozinho. Direção de Daniel Ribeiro. Brasil. 2010. 17min.
ORTEGA, F. Amizade e estética da existência em Foucault. Rio de Janeiro: Graal Editora, 1999.
PAGOTTO-EUZEBIO, Marcos Sidnei. A Filosofia, a Cidade e a Paideia: os Antigos Contemporâneos. Páginas de Filosofia (São Bernardo do Campo), v. 2, p. 195-214, 2010.
SENADO FEDERAL. Conheça os tipos de bullying que devem ser evitados na escola. 2017. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=RAfbbbALALY.
SILVA, S. A.; SANTOS, M. E. M. Aristóteles e a Educação: como motivar o aluno a aprender por si mesmo? 2015. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
SPINELLI, Miguel. Epicuro e o tema da amizade (II): A philia referida ao êthos legislador da pólis e ao agápê da virtude cirstã. Revista Hypnos, São Paulo, n° 30, 1° semestre de 2013, p. 98-126.
ZINGANO, M. Estudos de ética antiga. São Paulo: Paulus/Discurso Editorial, 2009.