Rancho Não Posso me Amofiná: portas que se abrem para o jurunas
DOI:
https://doi.org/10.53660/prw.116.uni123Palavras-chave:
Rancho; Jurunas; Comunidade.Resumo
O presente artigo visa compreender a agremiação Rancho Não Posso me Amofiná como portas que se abrem para o Jurunas, sua história entrelaça-se com a formação do bairro do Jurunas, por isso bairro e agremiação estão presente na história e memória dos seus moradores. Para este intento dialogo com autores como Simmel (1964), Amaral (2006), Magnani (1996), Velho (2013), Halbwachs (2003), Manito (2000) que permitem compreender a agremiação Rancho Não Posso me Amofiná e suas redes de reciprocidades. Portanto, busco compreender (GEERTZ, 1973) a dinâmica sociocultural dessa comunidade através de teias de relações sociais com os moradores do bairro, e em especial os vinculados à dinâmica interna da escola de samba. Utilizo para este intento a pesquisa etnográfica (OLIVEIRA, 2000). Considero, dessa forma, a observação participante, história oral, registros fotográficos e entrevistas semi-estruturadas, uma vez que, proponho acompanhar o cotidiano da escola.
Downloads
Referências
ALGRAS, Monica . O Brasil do Samba enredo. Fundação Getúlio Vargas. 1998.
ANDERSON, Benedic. Comunidades imaginadas. Reflexões sobre as origens e a difusão do nacionalismo. Tradução Denise Bottman. Companhia das letras, 2012.
BAUMAN, Zygmunt. Confiança e medo na cidade. Tradução Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. 2009.
BLASS, Leila Maria da Silva. Trabalho na escola de samba–A dupla face do carnaval.-São Paulo: Annablume, 2007.
BORGES, Alana Maria Ferreira. Redes e sociabilidades na Escola de Samba Jurunense: Rancho Não Posso me Amofiná em Belém. Universidade Federal do Pará (monografia de conclusão de curso), 2010.
BUBER, Martin. Sobre comunidade. São Paulo: Perspectiva, 2012.
CHAGAS, Eduardo Wagner Nunes. Fitas de cetim, papel crepom, Flores de plástico...Será um “o Benedito”? Festa, Símbolos e Identidades no bairro do Jurunas em Belém. Universidade Federal do Pará (Dissertação de mestrado em Artes), 2015.
CANCELA, Donza. Uma cidade... Muitas cidades: Belém na economia da borracha. In: BELTRÃO, Jane Felipe; VIEIRA JUNIOR, Otaviano. Conheça Belém e comemore o Pará. Belém: Editora Universitária UFPA, 2008.
CAVALCANTI, Maria Laura Viveiros de Castro. Carnaval Carioca: Dos bastidores ao desfile. 4. Ed.-Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2008.
COELHO, Geraldo Mártires. Na Belém da belle époque da borracha (1890-1910): dirigindo os olhares. Revista da Fundação Casa de Rui Barbosa, Ano 5º, n 5º, 2011.
CUNHA, Maria Clementina Pereira. Ecos da folia: Uma história social do carnaval carioca entre 1880 e 1920. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
DA MATTA, Roberto. A casa & a rua: Espaço, cidadania, mulher e morte no Brasil. 5ª Ed.Rio de Janeiro, 1997.
DIAS JÚNIOR, José do Espírito Santo. Cultura Popular no Guamá: Um estudo sobre o boi-bumbá e outras práticas culturais em um bairro de periferia de Belém. Dissertação de mestrado ( História) Faculdade de história, UFPA, 2009.
FERREIRA. Francisca de Paula. Teoria social da comunidade. Editora Herder. São Paulo, 1968.
FERREIRA, Felipe. Inventando Carnavais: o surgimento do carnaval carioca no século XIX e outras questões carnavalescas. Rio de janeiro: Editora UFRJ, 2005.
KOURY, Mauro Guilherme Pinheiro. Etnografias urbanas sobre pertença e medos na cidade: estudos em antropologia das emoções. Recife Bagaço; João Pessoa: GREM,2017.
LEOPOLDI, José Sávio. Escola de samba, ritual e sociedade. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2010.
MANITO, João Jurandi. Foi no bairro do Jurunas: a trajetória do Rancho Não Posso me Amofiná (1934/1999), Belém: Editora Bresser Comunicação e Produções gráficas, 2000.
OLIVEIRA, Alfredo. Carnaval Paraense. Belém: SECULT, 2006.
PAVÃO, Fábio Oliveira. Uma comunidade em transformação: Modernidade, organização e conflito nas escolas de samba. Dissertação (Mestrado em antropologia). Universidade Federal Fluminense, UFF,2005.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. Carnaval brasileiro: entre o vivido e o mito. São Paulo: Brasiliense, 1992.
RODRIGUES, Carmem Izabel. Vem do Bairro do Jurunas: sociabilidade e construção de identidades entre ribeirinhos em Belém-PA. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Pernambuco, 2006.
SANTANA JUNIOR., Leopoldo Nogueira. Quem é do Rancho tem amor e não se amofina: saberes e cultura amazônicos presente nos sambas enredos da Escola de Samba rancho Não Posso me Amofiná. Dissertação (Mestrado em educação). Universidade do Estado do Pará. UEPA, 2008.
SARGES, Maria de Nazaré. Belém, a Urbe das riquezas. In: Belém. Riquezas produzindo a belle époque (1870-1912). Belém: Paka-Tatu, 2002.
SOIHET, Rachel. A subversão pelo riso: estudos sobre o carnaval carioca da Belle époque ao tempo de Vargas. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1998.
TEIXEIRA, Tatiane do Socorro Correa. Carnaval belenense em tempos de estado novo (1938-1946). Dissertação (Mestrado em História Social)-Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, 2013.
WAGLEY, Charles.Uma comunidade Amazônia: estudo do homem nos trópicos. Tradução de Clotilde da Silva Costa. 3. ed. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1998.