Conhecimento e utilização de metodologias ativas de ensino e matriz de competência por preceptores de residência médica
DOI:
https://doi.org/10.53660/1059.prw2615Palavras-chave:
Metodologias Ativas de Ensino-Aprendizagem, Educação Médica, Preceptoria, Internato, residência.Resumo
Introdução: Apesar de já existirem 46 matrizes de competência em diferentes especialidades aprovadas pela comissão nacional de residência médica, e desde 2014 as diretrizes curriculares nacionais já preconizarem a utilização das metodologias ativas de ensino na formação médica brasileira, são escassos estudos que avaliam o conhecimento e a utilização dessas metodologias e das matrizes entre preceptores de residência médica no país. Objetivo: Avaliar o conhecimento e a utilização das metodologias ativas de ensino e matrizes de competência por preceptores de residência médica das diferentes regiões do país. Métodos: Estudo transversal realizado entre os meses de agosto e outubro de 2022 com preceptores das cinco regiões do Brasil, matriculados em um curso de especialização em preceptoria de residência médica. Os dados foram coletados por questionário online. A análise descritiva foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas, e o nível de significância adotado foi 5%. Resultados: Participaram 139 preceptores, sendo a maioria composta por mestres e doutores (52,5%), do gênero feminino (75,5%), com idade entre 40 e 49 anos (43,9%), atuando há mais de 10 anos como preceptor (50,3%), em instituições públicas (82,7%) da região sudeste (45,3%). No total, 136 afirmaram conhecer metodologias ativas e apenas 16 responderam que não as utilizam. 84 admitiram conhecer a matriz de competência da sua especialidade e desses 63 confirmaram que elas são seguidas nos programas onde exercem a preceptoria. Conclusão: Nas cinco regiões do Brasil, a maior parte dos preceptores que participaram dessa pesquisa conhece e utiliza metodologias ativas de ensino, mas apenas um pouco mais da metade admitiu conhecer a matriz de competência aprovada para sua especialidade, sendo elevado o percentual de programas de residência que não seguem as matrizes.
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