Desafios de gestão e vieses comportamentais nos Fundos de Previdência no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.53660/530.prw1502Palavras-chave:
Gestão de Fundos, Fundos de Previdência no Brasil, Finanças ComportamentaisResumo
O presente trabalho teve por objetivo principal averiguar, nos fundos de previdência no Brasil, em primeiro lugar se a possibilidade de acompanhamento dos retornos diários dos planos e a consequente percepção da volatilidade, aliados a mobilidade propiciada pela portabilidade, têm levado os participantes a preferirem opções não ideais para alcançar reserva suficiente na aposentadoria, o que representa o real risco numa acumulação desta natureza. Posteriormente, averiguou-se, sob as heurísticas e vieses comportamentais como postulados para finanças comportamentais se os participantes, ao preferirem aquelas opções, interferem nas decisões de alocação dos gestores dos fundos de previdência. A pesquisa realizada com gestores de fundos de investimentos, que representam instituições responsáveis pela gestão de 84,1% do patrimônio dos fundos previdenciários da indústria demonstra presença dos vieses de aversão a perda, de ancoragem e de representatividade.
Downloads
Referências
BARR, N. Economic Theory and the Welfare State: A Survey and Interpretation. Journal of Economic Literature, v. 30, n. 2, p. 741–803, 1992. ISSN 00220515.
BELTRÃO, K. I. et al. Análise da Estrutura da Previdência Privada Brasileira: Evolução do Aparato Legal. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea, Rio de Janeiro, 2004.
BENARTZI, S.; THALER, R. H. How Much Is Investor Autonomy Worth? Journal of Finance, v. 57, n. 4, p. 1593–1616, 2002.
INKER, B.; TARLIE, M. Investment for Retirement: The Defined Contribution Challange. [S.l.], 2014.
IYENGAR, S. S.; LEPPER, M. R. When Choice is Demotivating: Can One Desire Too Much of a Good Thing? Journal of Personality and Social Psychology,p. 995–1006, 2000.
KAHNEMAN, D. Rápido e Devagar: duas formas de pensar. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012. tradução de Cássio de Arantes Leite.
KAHNEMAN, D.; SLOVICK, P.; TVERSKY, A. Judgment under uncertainty: Heuristics and biases. 1ª Edição. New York: Cambridge University Press, 1982.
KAHNEMAN, D.; TVERSKY, A. Prospect theory: An analysis of decision under risk. Econometrica, The Econometric Society, Connecticut, v. 47, n. 2, p. 263–292, mar. 1979.
KIMURA, H.; BASSO, L. F. C.; KRAUTER, E. Paradoxos em finanças: teoria moderna versus finanças comportamentais. RAE - Revista de Administração de Empresas, FVG-EAESP, São Paulo, v. 46, n. 1, p. 41–58, jan. 2006.
LAVINAS, L.; DE ARAÚJO, E. Reforma da previdência e regime complementar. Brazilian Journal of Political Economy / Revista de Economia Política, v. 37, n. 3, p. 615–635, 2017. ISSN 01013157.
LÜTJE, T. To Be Good or To Be Better: Asset Managers’ Attitudes Towards Herding. Applied Financial Economics, v. 19, p. 825–839, 2009.
SHEFRIN, H. Beyond greed and fear: understanding behavioral finance and the psychology of investing. 2. ed. New York: Oxford University Press, 2002. (Financial Management Association Survey and Synthesis Series).
SUTO, M.; TOSHINO, M. Behavioural biases of Japanese institutional investors: Fund management and corporate governance. Corporate Governance: An International Review, Wiley-Blackwell, v. 13, n. 4, p. 466–477, jul. 2005. ISSN 0964-8410. DOI: 10.1111/j.1467-8683.2005.00442.x.
TVERSKY, A.; SHAFIR, E. CHOICE UNDER CONFLICT: The Dynamics of Deferred Decision. Psychological Science (0956-7976), v. 3, n. 6, p. 358–361, 1992.