Além das metas e mutirões judiciais: sinergia entre pensamento sistêmico e condicionamento operante na administração da justiça
DOI:
https://doi.org/10.53660/PRW-1821-3437Resumo
O pensamento sistêmico emerge como uma abordagem inovadora e essencial para enfrentar os desafios do sistema de justiça, revelando a interconexão entre o direito e outros sistemas sociais, políticos e econômicos. Este estudo avalia como as teorias de Bertalanffy, Morin e Senge, juntamente com o condicionamento operante de Skinner, podem ser aplicadas ao sistema judiciário para melhorar sua eficiência e justiça. A metodologia empregada foi um levantamento bibliográfico abrangente, embora limitado pela falta de análise empírica direta no contexto judiciário específico. Os achados indicam que a aplicação do pensamento sistêmico e do condicionamento operante pode levar a uma administração da justiça mais eficaz, onde comportamentos desejáveis são reforçados. Conclui-se que uma abordagem sistêmica, que considera as interações e impactos mais amplos dos processos judiciais, é crucial para enfrentar o congestionamento do sistema e promover o que se espera dos propósitos da justiça. As implicações são significativas, sugerindo a necessidade de reformas que integrem essas teorias na prática jurídica.
Downloads
Referências
BACELLAR, Roberto Portugal. A pressa da justiça morosa. In: BACELLAR, Roberto Portugal. Mediação e arbitragem. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 305-336.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Saúde de magistrados e servidores exige investimento, mas também gestão humanizada. Disponível em: https://www.cnj.jus.br/saude-de-magistrados-e-servidores-exige-investimento-mas-tambem-gestao-humanizada/. Acesso em: 01 dez. 2023.
CAPRA, Fritjof; LUISI, Pier Luigi. A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas implicações filosóficas, políticas, sociais e econômicas. São Paulo: Cultrix, 2014.
DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3. ed. São Paulo: Pearson, 2001.
FERRAZ, Taís Schiling. O Excesso do acesso à justiça e a insistente aposta nos sintomas como forma de dar tratamento à litigiosidade. Revista Interesse Público, n. 128, p. 45- 58, jul-ago, 2021.
FERRAZ, Taís Schilling. A litigiosidade como fenômeno complexo: quanto mais se empurra, mais o sistema empurra de volta. Revista Jurídica da Presidência, v. 24, n. 135, p. 163- 191, jan./abr. 2023.
FERRAZ, Taís Schilling. Um olhar sistêmico sobre a violência no Brasil: a insuficiência dos mecanismos de controle e repressão. Londrina: Thoth, 2022.
MACKAAY, Ejan; ROUSSEAU, Stéphane. Análise econômica do direito. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2015.
MEADOWS, Donella H.. Thinking in Systems: A Prime. Londres: Earthscan, 2008.
MOREIRA, Marcio Borges; MEDEIROS, Carlos Augusto de. Princípios básicos de análise do comportamento. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Trad. Eliane Lisboa. 5. ed. Porto Alegre: Editora Sulina, 2005.
SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da Psicologia Moderna. 11. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2020.
SENGE, Peter Michael. A quinta disciplina: a arte e a prática da organização que aprende. Tradução de Gabriel Zide Neto. Rio de Janeiro: Editora Best Seller, 2023.
SKINNER, Burrhus Frederic: Ciência e comportamento humano. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
THALER, Richard; SUSTEIN, Cass. Nudge: como tomar melhores decisões. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019.
VON BERTALANFFY, Ludwig. Teoria Geral dos Sistemas. 5. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2010.