Alegações nutricionais e estratégias de marketing em rótulos de alimentos ultraprocessados dirigidos ao público infantil
Resumo
Objetivou-se analisar a presença de alegações nutricionais e estratégias de marketing em rótulos de alimentos ultraprocessados direcionados ao público infantil. Estudo transversal descritivo analisando painel frontal de alimentos ultraprocessados direcionados ao público infantil. Foram coletados dados nas plataformas digitais pertencentes as três maiores redes de mercado do município de Blumenau, SC. Dos 129 alimentos voltados para crianças. Destes, 32,6% (n=42) tinham uma ou mais informações nutricionais complementares no rótulo da embalagem. Quatorze (10,9%) produtos faziam uso de personagens infantis e 34 utilizavam personagens da marca. Nas cores houve a predominâncias do vermelho (26,4%), amarelo (20,9%) e azul (17,1%).
Downloads
Referências
ANASTÁCIO, C. DE O. A. et al. Perfil nutricional de alimentos ultraprocessados consumidos por crianças no Rio de Janeiro. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 89, 2020.
AUTY, S.; LEWIS, C. Exploring children’s choice: The reminder effect of product placement. Psychology and Marketing, v. 21, n. 9, p. 697–713, 2004.
BEZAZ, N. The impact of packaging colour on children’s brand name memorization. International Journal of Retail and Distribution Management, v. 42, n. 11/12, p. 1053–1068, 2014.
BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 2.051, de 8 de novembro de 2001. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2001/prt2051_08_11_2001.html.
Acesso em: 17 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada n° 359 de 2003. Brasília: Ministério da Saúde, 2003. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2003/rdc0359_23_12_2003.html. Acesso em: 17 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada nº 24 de 15 de junho de 2010. Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: http://189.28.128.100/nutricao/docs/legislacao/resolucao_rdc24_29_06_2010.pdf. Acesso em: 25 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada nº 54, de 12 de novembro de 2012. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2012/rdc0054_12_11_2012.html. Acesso em: 14 nov. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria da Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia Alimentar para a População Brasileira. 2. ed., 1. reimpr. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 16 out. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primaria à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primaria à Saúde, Departamento de Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 265 p.
CHANDON, P.; WANSINK, B. The Biasing Health Halos of Fast-Food Restaurant Health Claims: Lower Calorie Estimates and Higher Side-Dish Consumption Intentions. Journal of Consumer Research, v. 34, p 301–314, 2007.
CHRISTINO, J. M. M. et al. Children’s pester power, packaging and unhealthy food preference. Young Consumers, v. 21, n. 1, p. 35–55, 2020.
DEN HOED, R. C.; ELLIOTT, C. Parents’ views of supermarket fun foods and the question of responsible marketing. Young Consumers, v. 14, n. 3, p. 201–215, 2013.
DE OLIVEIRA, L. P. M. et al. Alimentação complementar nos primeiros dois anos de vida. Revista de Nutrição, v. 18, n. 4, p. 459–469, 2005.
FONSECA, A. B. et al. Modernidade alimentar e consumo de alimentos: contribuições sócio-antropológicas para a pesquisa em nutrição. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 9, p. 3853–3862, 2011.
GROSSMAN, R. P.; WISENBLIT, J. Z. What we know about consumers' color choices. Journal of Marketing Practice, v.5, p. 78-88, 1999
HARRIS, J. L. et al. A crisis in the marketplace: how food marketing contributes to childhood obesity and what can be done. Annual review of public health, v. 30, p. 211–225, 2009.
HURWITZ, L. B. et al. Crowd pleasers: media characters in food company websites and apps for children. Young Consumers, v. 20, n. 1, p. 44–58, 2019.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de Orçamentos Familiares: 2008-2009: análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro: IBGE, 2011. 150 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil. IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 120 p.
KHANDPUR, N. et al. Sociodemographic factors associated with the consumption of ultra-processed foods in Colombia. Revista de Saúde Pública, v. 54, p. 19, 2020.
LONGO-SILVA, G. et al. Idade de introdução de alimentos ultraprocessados entre pré-escolares frequentadores de centros de educação infantil. Jornal de Pediatria, v. 93, n. 5, p. 508–516, 2017.
MONTEIRO, C. A.; CANNON, G.; LEVY, R. B. A estrela brilha. World Nutrition Janeiro-Março, v. 7, n. 3, p. 28–40, 2016.
MOORE, E. S.; LUTZ, R. J. Children, Advertising, and Product Experiences: A Multimethod Inquiry. Journal of Consumer Research, v. 27, n. 1, p. 31–48, 2000.
NEGRÃO, C.; CAMARGO E. Desing de Embalagem: do marketing à produção. São Paulo: Novatec, 2008. 335 p.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Obesidade entre crianças e adolescentes aumentou dez vezes em quatro décadas, revela novo estudo do Imperial College London e da OMS. 2017. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5527:obesidade-entre-criancas-e-adolescentes-aumentou-dez-vezes-em-quatro-decadas-revela-novo-estudo-do-imperial-college-london-e-da-oms&Itemid=820. Acesso em: 04 dez. 2020.
ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Alimentos e bebidas ultraprocessados na América Latina: tendências, efeito na obesidade e implicações para políticas públicas. tendências, efeito na obesidade e implicações para políticas públicas. 2018. Disponível em: https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/34918/9789275718643-por.pdf?sequence=5&isAllowed=y. Acesso em: 24 nov. 2020.
PETROVICI, D. et al. Nutritional knowledge, nutritional labels, and health claims on food: A study of supermarket shoppers in the South East of England. British Food Journal, v. 114, n. 6, p. 768–783, 2012.
PONTIERI, F. M. et al. Relação entre o estado nutricional e o consumo de frutas, verduras e legumes de pacientes atendidos em uma clínica escola de nutrição. Ensaios e Ciência C Biológicas Agrárias e da Saúde, v. 15, n. 4, 2011.
RELVAS, G. R. B.; BUCCINI, G. DOS S.; VENANCIO, S. I. Consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças com menos de um ano na atenção primária à saúde em uma cidade da região metropolitana de São Paulo, Brasil. Jornal de Pediatria, v. 95, n. 5, p. 584–592, 2019.
SOARES, J. et al. Marketing de alimentos industrializados destinados ao público infantil na perspectiva da rotulagem. Vigilância Sanitária em Debate, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 75–84, 2015.
SPARRENBERGER, K. et al. Consumo de alimentos ultraprocessados entre crianças de uma Unidade Básica de Saúde. Jornal de Pediatria, v. 91, n. 6, p. 535–542, 2015.
RODRIGUES, V.M. Informação nutricional complementar em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças [Tese]. Florianópolis: Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina; 2016.